Quantos de vocês, já passaram pelo sacrilégio e desgaste de escolher o nome para o vosso primeiro filho, sempre com o propósito de quererem algo que seja diferente, ou que homenageie alguém, como por exemplo os avós, o próprio pai, o padeiro (não vá o gaiato ser mesmo parecido com ele) ou uma figura pública. Após meses e meses de escravatura cerebral, na busca daquele nome que todos apreciarão, chegado ao local do registo chegam todos os problemas. Para já, são logo atendidos por uma senhora com uma malha em ponto-de-cruz no colo e com a revista "Maria" em cima do teclado, bebendo chá de Tilia, que nem "Boa Tarde" diz. Depois vem o pior, o "Digam lá", será que não pode ser "Digam Cá", enfim... adiante, quando começam as explicações do porquê do nome escolhido, em que é homenagem aos avós João e Jorge e ao próprio pai, Carlos, sendo o seu nome Joca, esperando que seja uma boa razão e explicação, surge do outro lado do balcão, "Esse nome não é legal, é diminutivo ou abreviatura". O desanimo total e completo por parte dos pais, que não levavam em mente nenhuma segunda opção e terão então de voltar lá outro dia já com outro nome pensado.
É aqui que nascem todas as minhas duvídas e alguma indignação. Não sou contra a se naturalizarem desportistas capazes de glorificarem as cores do nosso país, mas que também haja regras para os seus nomes. Será que Joca é menos comum e tipíco, que Obikwelo, ou por exemplo Ariza Makukula, já para não falar daquele que tem o nome da associação da defesa do consumidor!! Será que a senhora respondeu a estes pais, "Joca não dá, mas tem novas opções, por exemplo, Ariza fica muito bem!" Ao que o pai cauteloso e pensando já no futuro do seu rebento deve ter respondido, "Por acaso é mesmo esse que vou dar, como é um nome que é unisexo e de jogador da bola, se entretanto mudar de rumo como o filho do Nené, também pode vir a ser actriz ou modelo". Tá feito.
By Márinho
12 fevereiro 2008
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